quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Um novo fim

Do novo ao antigo, ao passado, ao redemoinho de emoções que vêm e vão, que se vão e se repetem  com o tempo. Como não acreditar em destino, em um pretexto para ser, em um recomeço já destinado ao mesmo fim de outrora..
Uma manhã qualquer de primavera com os mesmos dramas de um inverno gélido e pacato. Uma brisa suave e quente de verão que aparece sem avisar na primavera e traz as lembranças de outra estação. Um sentimento já conhecido de fim de ano, de um novo ciclo, de mudanças, de antigos problemas mas de novos personagens.
Novas formas de cometer erros antigos, novos argumentos para brigas antigas, sem término, sem motivos, sem razão sem solução..
Em mais um texto sem contexto, sem nexo, sem graça, sem nada. Não há rimas mas sobram divagações. Não há pensamentos brilhantes ou constatações sobre o mundo, há apenas um turbilhão de pensamentos que não se concentram em algo produtivo, que não saem do rastro, que não mudam, não crescem, não evoluem..
Sinto que estou presa no tempo, em um tempo que ainda não passou e que enquanto não chega vivo a espera em um limbo, em um eterno purgatório de dor e angústia, de decepções e ânsia por enfim se realizar o sonho de se concretizar..
"Cuidado com seus sonhos, pois eles podem se tornar realidade!" Mas, qual o preço a se pagar por ter algo que tanto se deseja enfim ocorrer de fato?
Qual o preço para se ter um grande amor ou de viver em paz consigo ou com a família?
Até que ponto devemos abrir mão de nossos sonhos para fazer a felicidade do outro? E até que ponto podemos magoar ou brecar outro para sermos felizes?
Será mesmo que a ideia de felicidade não passe de um conto de fadas criado para nos dar esperança e termos um propósito em viver que não seja a própria morte?
Pois, qual a ideia de viver uma vida de sofrimento e angústia nas ruas por exemplo? De viver em um presídio, de não ter os olhos, as pernas ou de viver sozinho?
Muitas vezes, acabo com a certeza de que meus medos vão acabar me matando ou matando todos a minha volta e que esses medos acabem se concretizando como uma espécie de profecia por tanto eu teme-los.
Talvez, esteja justamente em enfrentá-los para superá-los. Apenas de uma coisa eu tenho certeza.. Apenas Deus pode dar o conforto que tanto necessito e que enquanto eu não aprender a procurá-lo apenas quando necessito e aprender a viver segundo sua palavra, não encontrarei a paz que tanto busco.
Mas, como encontrar a palavra se o que ouço nas religiões muitas vezes não me passam de fundamentos que persistem ao longo dos anos pela cultura que tenta mostrar que seu lado é real... Em quem acreditar? Em que acreditar? Como crer em alguém que te manda dar dinheiro para ser salvo? e esse dinheiro apenas ostentar uma edificação ao invés de ajudar e acolher quem necessita?  Como crer em alguém que é incapaz de ser tolerante e aceitar as diferenças e julgar as demais religiões e aqueles que não o seguem?
Como acreditar em pessoas que creem em estátuas ao invés de seu conteúdo? Como não suspeitar que não passam de histórias inventadas para termos fé?
Como não temer sair de casa todos os dias e nunca mais voltar e se arrepender de todos os pensamentos ruins que já se teve?
Aah aperto no coração, angústia por estar brigado com pessoas que gostaria de estar conversando e estar junto..
Aah insegurança que me impede de ser feliz..
Aah certeza de estar certo e orgulho em pedir desculpas por algo que não fiz..
Sinceramente, não sei o quê pensar, em quê acreditar.. Toda vez que me permito ser feliz e me entregar a uma paixão, tudo acaba simplesmente.. e o fim é sempre o mesmo.. Mais uma decepção e sofrimento!
Até quando, não consigo parar de me perguntar.. até quando vou esperar para enfim poder dizer que sou feliz? Talvez eu já o seja e apenas descubra quando passar..Espero que não.. que meu caminho dourado ainda esteja por vir e enfim eu possa voltar a sorrir!

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