terça-feira, 29 de outubro de 2013

Deixe estar...

Um medo, uma angústia, um temor
De algo que possuo ou que nunca fora meu de fato
Apenas o desespero ao pensar em perder..

Sinto uma falta, um vazio, um abismo de não ter mais comigo o que tanto me faz bem..

Algo que me enlouquece e que me tira do chão
Que me leva às alturas mas também joga do abismo

Um fogo que arde sem doer,
Um precipício com começo, mas sem fim, sem meio, apenas o desespero em estar caindo vertiginosamente e infinitamente envolto em nuvens de dúvidas e memórias.

Um raio de sol surgindo no horizonte, acompanhado de pequenas gotas de chuva, um meio termo que mata por sua falta de definição e corrói pelo desejo de ter..

Ah, sentimento infeliz que me cerca de miragens e me faz sentir como perdida em um deserto em busca de um oásis.
Porém, como reclamar do sofrer se essas alucinações que me fazem feliz, que me levam ao paraíso dos sonhos e do futuro, que me acolhem fazendo acreditar que enfim e por fim tudo está se ajeitando a dar certo..
Como reclamar se em fração de segundos tudo some e desaparece. Se perco as angústias e os medos, se me sinto realizada, se simplesmente me perco em seus olhos e navego em seu profundo oceano?
Talvez eu goste de sofrer. Talvez seja meu destino ser não compreendida e fugir então. Entretanto, se estou errando, não possuo essa concepção. Minha consciência de adolescente acredita que em viver estejam implícitos riscos.. E, independentemente das consequências, se for para valer a pena, que assim seja..
Não podemos deixar que o medo de cair nos impeça de voar. Se não caíssemos, não aprenderíamos a levantar, a superar, a vencer!
Se não for com você, ao menos terá valido a pena os momentos, os risos, as conversas, as mensagens. Assim como todos no passado tiveram sua história marcada em mim. As recordações ainda me acordam carinhosamente e me alertam para o futuro, mas não são capazes de me fazer desistir. Ainda não! De duvidar, bem, talvez.. mas, por hora, tudo o que quero saber é de seu abraço, de seu sorriso largo e estampado no rosto. De sua voz alta e escandalosa, de suas ações, de sua simpatia e alegria. De como e quando nos conhecemos e nos envolvemos. Das músicas cantadas ao pé do ouvido, das danças sem jeito, dos arranhões e puxões de cabelo, de como fomos descobertos, de como  voltamos á infância algumas vezes, de como tudo foi leve e suave.

" Deixe estar, que oque tiver que ser vigora!"


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