quarta-feira, 13 de junho de 2012

Time to change

Talvez eu esteja deprimida, 
Talvez eu deva consultar um psicólogo, 
psiquiatra
padre
coveiro
gari
restaurados
ou seja lá quem for...


Eu sei que tenho coisas a fazer, mas não há forças para começar.
Conheço minhas necessidades, mas me falta coragem par acorrer atrás.


Cansada de meus erros e da mesmice do presente,reconheço a necessidade de mudanças e me frustro pelas escolhas erradas.
Como em um carma, de tanto escolher, acabo escolhendo a porta errada...


Não que escrever vá solucionar meus problemas, ou quem sabe vá, mas o fato é que alivia.
Perdida em pensamentos, embalada ao som de músicas aleatórias que criam uma trilha sonora para a dramaturgia, a vida se confunde com a arte, com o cinema, a literatura. Afinal, se não fosse pelo caos da vida humana, sobre oque mais seria? Sobre flores e cachorros? Bem, com cães e gatos obteve-se sucesso, papagaios, ratos e esquilos também, pensando bem, falar sobre animais faz sucesso e há enredo. Porém, são animais vistos sob a ótica humana, a ótica superficial e preconceituosa, crítica, arrogante e egoísta. Pensando em nossas necessidades sempre, dizendo ser por causa dos outros, sendo que sabemos que não é, nunca será. 
Somos incompletos e imperfeitos, cheios de erros e falsos julgamentos. Vulneráveis e frágeis, somos a história de nossa história, o enredo de personagens principais de nossos livros e dos outros. Somos assim, o complemento do nada da humanidade.


Divagando aqui sobre o nada que nos constitui, reflito sobre o futuro, sobre o que estou fazendo de minha vida, sobre tudo aquilo que tanto critiquei e temi tornar-me e acabei realizando meus temores. 
Sim, a superficial e  acomodada , sozinha sem saber valorizar as coisas importantes, em um isto de razão e melancolia, um desejo de sempre mais misto com conformação.
Será que tudo isso é normal? Sentir sempre falta de algo, em um minuto e star feliz, bem, rindo das dificuldades e no segundo posterior chorando e brigando com todos ao meu redor?


E agora meus dedos batem sem parar, na ânsia de transformar em palavras um sentimento que nem mesmo o coração ou a mente é capaz de entender, sabendo entretanto que ambos fazem parte do mesmo sistema, apenas tratando-se de alas diferentes.
Mais uma vez, a responsabilidade bate a minha porta, a vida me chama pela janela e meu corpo permanece nessa sala de ilusões, que me ilude como em um oásis, prende-me como em uma areia movediça e corrói, pouco a pouco  como em um ácido diluído...


Perdendo-me entre o real e o ilusório, entre o natural e o artificial, já não sei quem sou, talvez Macabea seja capaz de me entender ( essa cena nunca saiu de minha cabeça, ao se olhar no espelho e questionar-se quem era ela, a personagem de Clarice Lispector toma um susto e cai para atrás. Nunca sentiu a necessidade de saber quem era de fato, não sentia a necessidade de mudar, de se arrumar, sua comida era oque aprendera até ali, era quem quiseram que ela fosse, quem achava que era , e até no momento de sua morte acreditou nas pessoas, mesmo desconfiando, acreditou com os olhos da esperança e morreu, descobrindo quem era enfim, talvez estreando uma nova vida em algum lugar, talvez em fim sendo feliz. Especulações sem certeza, apenas suposições do fim de algo fictício que é o retrato da maioria das pessoas, provavelmente até mesmo desta que voz escreve.

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