terça-feira, 3 de abril de 2012

Arco-íris





Queria poder falar das cores, dos sabores, dos risos e dos gostos.
Da felicidade, do amor, da amizade, da vida.
Dos problemas e barreiras, da vida simples e perfeita.
" Quem sabe eu ainda sou uma garotinha, esperando o ônibus da escola, sozinha"
Mas é difícil falar de coisas simples quando tudo parece complexo e impossível de se entender, quando os versos já não rimam, as palavras já não se encaixam e o que parecia fazer sentido, perde-se para sempre.
Até quando tentando encontrar o sentido para as sentenças, não sei especificar.Até que ponto suportar antes de surtar e jogar tudo para o alto, apenas o tempo é capaz de dizer.
Palavras jogadas ao vento, sussurradas em uma corrente quente e doce em meio ao frio da solidão. Então o eco é a única voz que se ouve ao longe, a sombra é sua única companhia e a fantasia se torna realidade.
Veja, uma praia logo a frente, povoada de sonhos doces e meigos, de esperanças e desejos. Uma ponte de madeira pode te levar até lá, mas apenas uma pessoa pode ir contigo, apenas um que mereça. Apenas um que deseje.UM.
Eis que as diversas opções dos que dizem que nunca vão te abandonar se esgotam e você percebe que não resta nenhuma opção. Ninguém que sujeite-se embarcar na arriscada estrada do desconhecido que leva até a felicidade.
"Vamos fugir, desse lugar para aonde haja um tobogã onde a gente escorregue, vamos fugir"


Como fugir de si, de seus pensamentos e sentimentos? Afogar as lembranças já não é a melhor solução, afinal, na manhã seguinte além das lembranças uma enorme dor de cabeça de acompanhará junto com as ondas fortes e intensas da ressaca.


O vento bate forte na janela, está frio lá fora, ele insiste em querer entrar e abalar o aconchegante ninho da esperança. Ele será forte o bastante para derrubar o castelo do imaginário?


E a procura da solução, o problema se propaga, ao se desistir de procurar, ela surge simples, imponente e bela.
Desejo reencontrar-me. Saber em qual rua me perdi e recolher os pedaços das desilusões. Refazer os planos rasgados e jogados na descarga. Desfazer os maus entendidos e encontrar um novo rumo, o complemento do vazio, que exclua a solidão e inclua a companhia.Que acabe com a escuridão e traga de volta a luz, ou simplesmente se faça acostumar com a pouca luminosidade e a não sentir mais falta daquilo que um dia se teve, mas que jamais voltará.


Já dizia o poeta, "Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa tudo sempre passará. Não adianta fugir, nem mentir para si mesmo agora, há tanta vida lá fora, aqui dentro sempre, como uma onda no mar"...



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